TARDES FRIAS

Tardes Frias

Vazia de nós dois
Pássaros emudecem.
Sumiram, colibris, sanhaços,
Só a sinfonia do vento
Parecendo um lamento...

Entrecortando o bambuzal

Que se dobra em gemido audaz.
Queimando o rosto, hoje, sombrio
Aumenta o sofrimento da ausência,
Nas frias tardes de Abril.

Folhas de plátano avermelhadas
Tremulam ao sabor do vento.
Aguardam o exato momento,
Da queda infalível.
Completando o ciclo natural,
Na árvore que lhes deu guarida...

Nadir A. D'Onofrio
21/05/2006*20:38
Santos/ SP

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Imagem Net: sem contar o autor recebida em ,Grupo de Poesia.

Nadir DOnofrio

Enviado por Nadir DOnofrio em 21/05/2006
Alterado em 08/09/2021

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